A estimulação precoce tem com objetivo primordial, criar condições facilitadoras para ajudar no desenvolvimento de uma criança, evitando ou minimizando os distúrbios do desenvolvimento neuropsicomotor. Assim, a falta dela acarreta o desenvolvimento tardio de funções importantes como a fala, locomoção, capacidade cognitiva, ou até mesmo a não aquisição delas.
O método auxilia a criança no desenvolvimento, de acordo com a faixa etária, procurando mantê-la ativa e dinâmica por meio de palavras, jogos e exercícios respeitando a individualidade de cada uma. A estimulação visual, auditiva, percepção do seu corpo, do corpo do outro e sua relação, do espaço e do tempo, e de seus movimentos, devem estar incorporados aos objetivos do profissional que está em contato com o bebê, além da presença e participação da família, para que esse trabalho seja realizado de forma contínua e natural não apenas por um profissional.
De acordo com a fisioterapeuta da Apae Agrestina Vasti Santana, quando diagnosticado a deficiência os cuidados com as crianças devem ser redobrados. É preciso manter observar as reações e os reflexos dessas crianças, contando sempre com o apoio da família com a estimulação precoce.
Ela ainda destaca que o método mais moderno e eficaz é através da técnica do BOBATH, que é uma abordagem terapêutica e de reabilitação, desenvolvida para o tratamento de adultos, crianças e bebês com disfunções neurológicas, tendo como base à compreensão do desenvolvimento normal, utilizando todos os canais perceptivos para facilitar os movimentos e as posturas seletivas que aumentam a qualidade das funções. Também trabalhamos com a cinesioterapia específica, que é um tipo de terapia pelo movimento, sendo a utilização de diferentes formas de atividade motora como meio de tratamento de enfermidades, esclarece Vasti.
Atualmente, é indiscutível o benefício que esses tratamentos trazem para qualquer criança, independentemente de sua condição física, intelectual ou emocional, um bom programa de educação infantil do nascimento até os seis anos de idade. Efetivamente, esses programas têm por objetivos o cuidar, o desenvolvimento das possibilidades humanas, de habilidades, da promoção da aprendizagem, da autonomia moral, intelectual e, principalmente, valorizar as diferentes formas de comunicação e de expressão artística.